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domingo, 30 de outubro de 2011

O despertar de um amor





O Despertar de um amor

Fechei os olhos por um longo tempo
Parei de ouvir os meus desejos
Distanciei dos meus sonhos
Guardei pra mim as minhas decepções

Criei um mundo perfeito
Onde não existo
Não sei mais quem sou
Mas sei o que mais não quero ser
Não quero ser refém do amor
Não de um amor que aprisiona
Não de um amor em si mesmo

Quero sentir a liberdade de poder voltar
Quero abrir os olhos
Ouvir o meu coração
Sentir a vida de uma forma única
Dividir os meus sonhos, e somar as recompensas
Cultivar a esperança, e crer que o amor liberta
Aprender a ser paciente, a dizer não
Mesmo quando em meu íntimo, sinta a dor de dizê-lo
Quero estar pronta pra amar você
Guardando o que há de melhor em mim
Na espera de merecer, o amor que me dedicas

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Diferente sim! E daí?



Quantas vezes assumimos uma postura crítica com o que não está de acordo com os nossos conceitos? Ao olharmos o outro, quase que involuntáriamente, somos pré-conceituosos, mesmo não admitindo isso.
Não enxergamos além da aparência, não sabemos conhecer o diferente. Taí uma palavra que muitas vezes nos assusta, e por que? Talvez pelo fato de que fugir a um padrão pré- estabelecido nos mostre que estivemos errado esse tempo todo.
Num mundo diversificado como o qual vivemos, precisamos entender o diferente como escolhas pessoais de cada indivíduo. Mesmo que fuja a padrões ditados por uma moda ultrapassada e arraigada de exclusões.
As vezes, é necessário parar e refletir sobre nossa postura, nossos príncípios. A exclusão social, é um problema generalizado nos dias atuais. Uma das armas usada nesse processo de exclusão, é a violência, a agressão, seja física ou verbal. Uma não diminui o impacto da outra.
Tem se tornado cada vez mais comum notícias de violência de caráter homofóbico, racial, sexista, e as vezes pelo simples fato de se discordar de uma opinião do outro, se mata.
Até quando, vamos mascarar em nossa sociedade, esse preconceito velado?
Qual será o futuro que estamos resguardando para a próxima geração? Uma sociedade que cutua padrões estéticos, que não aceita a diversidade sexual, que não respeita sequer um mendigo, por ele estar numa condição de dificuldades.
A pior miséria do homem, é a da alma, pensem nisso, e lutemos para mudar essa doença social chamada exclusão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Por Detrás Daquela Porta


Era uma vez uma porta.
Ninguém sabia o que se ocultava por detrás dela.
Muitas pessoas passavam e comentavam: " O que será que tem lá dentro?".
Mas nunca ninguém teve a iniciativa de se aventurar a abri-la.
Uns pensavam que ali escondia-se um tesouro.
Outros algo que devia permanecer ali, escondido, por se tratar de algo ruim.
Um dia um menino, muito curioso, e corajoso, resolveu que abriria a porta.
Então quando estava prestes, a saber, o que ali se ocultava, um senhor segurou sua mão, impedindo que girasse a maçaneta.
O menino muito contrariado olhou para ele com uma expressão de reprovação: "- Porque o senhor fez isso?"- disse o garoto.
E com um sorriso nos lábios e um olhar terno, o senhor respondeu: "- Você está pronto para o que te espera além dessa porta meu jovem?".
A expressão do garoto se fechou numa imagem de dúvida.
Encarando-o , e sem hesitar, disse: “ Não tenho medo do que não conheço, tenho medo de viver na dúvida de não conhecer! “
Sem pestanejar, o senhor largou a mão do menino, que imediatamente abriu a porta.
Sem palavras, e perplexo, o garoto passou por ela.
No mesmo instante, o senhor horrorizado, saiu o mais depressa possível, para o mais longe possível, daquele local.
Mas afinal o que viu o garoto e o velho?
O garoto viu novas perspectivas, viu um futuro repleto de oportunidades, viu a imagem de um homem bem sucedido, porque ele entendeu que a vida é feita de vários caminhos, cabe a nós escolhermos um deles, e seguir superando adversidades, aprendeu a abrir portas.
O senhor, viu a sua imagem num pequeno retrato estampando uma lápide e pessoas a sua volta chorando, viu as várias vezes que não aproveitou oportunidades que surgiram em seus caminhos, viu o homem solitário e infeliz que agora era um velho, e o pesar do tempo sobre si, entendeu que restara a ele a morte física, porque até o presente momento, estava morto em vida.
É preciso saber aproveitar a vida de uma forma sábia. Não devemos ser acorrentados a nossos medos, nem nos entregarmos ao derrotismo que uma longa batalha nos trás. É necessário que reacendemos o menino que há dentro de nós, e ousamos abrir portas. Portas são feitas para serem abertas e não fechadas. Atrás de cada uma delas, um segredo se revela, uma maneira de contornar desafios, de aprendermos um pouco mais com as experiências de cada dia. Não se deve proceder com aquele senhor, e se deixar envelhecer sem experimentar novas oportunidades, não se deve morrer em vida.
A cada novo dia, devemos renascer com a esperança de mudança. Nada é definitivo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Mar da Vida



Uma vez fechei os olhos e imaginei
Que era livre , naveguei
Por ondas da vida, que insistiam em me afogar
Mesmo assim, segui a diante a lutar.

Sem muito pensar, pude enfim perceber
A vida é mesmo um mar, a tendência e nela se perder.
As vezes não é possivel submergir
As vezes não é necessário fugir
Nem sempre esse mar é turbulento
A vida tem nuances de calmaria, isso vai do momento

Abri os olhos e dei conta por fim,
A vida me fez náufraga dos sonhos, de mim.
E sentada nas areias do tempo, envelheci
Em meio á um imenso oceano, me perdi!

Saudades



Sinto falta de meus dias de infância. Das tardes em que minha costurava, e eu ali sentada por horas, brincava de dona de casa, tinha marido e filhos pra cuidar.
Sinto falta do abraço largo do meu pai, que com apenas um "Upa !" traduzia todo o seu amor e carinho dispensado á sua caçulinha.
Sinto falta dos meus poucos amigos, que dividiram momentos engraçados, momentos tristes, momentos em que as vezes, nos dá vontade de cavar buraco no chão e nos encolher lá dentro.
Sinto falta da inocência, que tornava tudo novidade, colorido e mágico, de deitar no chão, contemplando estrelas.
Sinto falta de sorrir mais e de chorar menos.
Sinto falta de dizer mais "eu te amo", e beijar meus amores.
Sinto falta de sonhar, de realizar meus muitos desejos.
Sinto falta de me aconchegar no colo de minha mãe, e de chorar por um tempo que não tenho mais.
Sinto falta de um amor companheiro, que se faça presente, e que necessite de mim, assim como necessite dele.
Sinto falta do cair da chuva em meu rosto num dia quente de verão.
Sinto falta de ver o sol se pôr, a noite chegar e com ela a esperança de um novo dia.
Sinto falta de amar como uma adolescente, de me entregar as paixões, ás ilusões próprias de quem não conhece a realidade dura da vida.
Sinto falta de crer, acreditar que tudo passa, e que sabemos fazer melhor e podemos.
Sinto falta de mim, de olhar e conseguir ver, o que realmente importa.
Sinto saudades de viver.....