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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Detalhes


Levantou-se.

Era noite, banhou-se demoradamente, sentindo a água escorrendo pelo seu corpo,

o calor fazia sentir-se aninhada naquele ambiente vazio.

Vestiu-se.

Apenas um vestido acetinado vermelho moldava o seu corpo. Os cabelos soltos, molhados

negros e longos, pesavam sobre seus ombros e contrastavam com sua pele alva, quase com um aspecto gélido.

Á luz da lua cheia sombreava sua silhueta pela janela do quarto que se encontrava.

Calmamente e obstinada, dirigiu-se para a beira do terraço do prédio em que residia.

Observava o movimento das pessoas e dos carros ao longo de uma distãncia de mais ou menos uns 10 metros de altura.

Olhando de cima tudo parecia ínfimo diante de seus olhos. Formigas! Era apenas isso. As pessoas e os carros.

Mas o que realmente queria, era sentir a noite em sua plenitude.

Encontrava-se a um passo de dois mundos.

Olhou fixamente para a lua e se jogou do terraço em direção a liberdade.

A velocidade do seu corpo em queda livre fazia sentir-se excitada, a adrenalina percorrendo suas veias,

inundando seu corpo de uma sensação extasiante.

Estava viva,por alguns instantes parecia respirar.

O baque surdo de seus pés ao chão a fez lembrar de pequenos detalhes, como o fato de sair ilesa de tamanha e violenta queda.
Estava morta novamente, presa na sua beleza infinita e amaldiçoada. Imortal, eternamente solitária. a lua era a companheira
noturna de seu despertar.

O que mais desejava para si, era novamente, se tornar humana.e poder descansar enfim, em paz.

A Sombra


Eis que brada
Inóspita e voraz
Um lado Obscuro
Um sentimento fulgáz

A razão á esconde
A espreita da moral
E por entre desejos
Inconscientes, faz mal?

A sombra do homem
Oculta os segredos
Se faz desconhecida
Intrínseca e distinta

Aquele que ousa
Enfim permitir
Libertar sua sombra
Vai em busca de si
Num mergulho sem volta

O abismo profundo,
da alma humana
Esconde segredos
Traduz sua sombra
A luz abandona
E a escuridão toma conta

sábado, 29 de janeiro de 2011

A Rosa


As vezes pálida
As vezes rubra
As vezes cálida
As vezes Insana

As vezes cor
As vezes flor
Mas sempre rosa

O desejo que emana
Se desfaz com o vento
Porém a dor fica por dentro

Lateja, grita e inflama
A alma que busca a eterna chama
Se perde por entre espinhos
E na lama, renasce
De um beijo de quem se ama!